Quando se fala em cidadania, é sempre bom lembrar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que tem como um de seus princípios o da LIBERDADE, que se refere à ideia de que qualquer forma de escravidão é inaceitável. Todos nascem livres e assim devem permanecer por toda a vida. Outro princípio da Declaração, o de IGUALDADE, é que todos nascemos iguais, embora sejamos tão diferentes uns dos outros, mas somos todos iguais como seres humanos; e o princípio da FRATERNIDADE, considerando que devemos combater qualquer forma de discriminação, agindo solidariamente uns com os outros. Para um exercício amplo da cidadania, se faz necessária uma participação social atuante. Tal fato é relevante, pois, quando os cidadãos se aproximam da esfera pública, em todos os seus âmbitos, vislumbram-os de processos, ações e políticas públicas importantes às suas vidas e impactarão no seu cotidiano. Muitas pessoas se sentem incapazes de fazer parte de questões públicas, porém, o conhecimento as fará perceber, que é possível participar das decisões que se referem à comunidade.
O cidadão pode participar, de forma ativa, através dos conselhos municipais, que são ferramentas fundamentais que possibilitam uma participação ativa no processo de criação de políticas públicas em seu município.
No entanto, não são divulgados amplamente e os conselhos são pouco conhecidos das pessoas em geral, sendo, por conseguinte, praticamente ignorados pela população.
Ser cidadão, portanto, é participar o máximo possível da vida em comunidade, para que seja possível compartilhar com os semelhantes as coisas boas da vida, tanto as coisas materiais como as culturais.
Ser cidadão é, ainda, opor-se a toda forma de não participação.
Ser cidadão é, enfim, adotar uma postura em favor do bem comum.
Cidadania deve englobar todos, mesmo aqueles desfavorecidos, em situação de desvantagem em relação aos outros. Todos devem ser cidadãos. Ou seja, todas as pessoas têm direitos e deveres fundamentais na definição do futuro do bairro, da cidade, do estado ou do país.
Se partirmos da ideia de que todos somos igualmente cidadãos, devemos assumir também que os caminhos da vida em comunidade dependem de todos nós.
E dependem muito!
Por exemplo: quando votamos, escolhemos um sujeito e damos a ele a tarefa de nos representar por quatro anos. Mas precisamos cobrar para verificar se ele está cumprindo o que prometeu. Muitas vezes a gente vota e esquece em quem votou.
Vale lembrar que cidadania é um caminho de ida e volta, isto é, concede direitos e exige deveres ao mesmo tempo. O direito à vida implica o dever de não matar. O direito à liberdade, o dever de não escravizar. O direito à igualdade, o dever de não discriminar e assim por diante.
A ideia de cidadania plena é ser um contribuinte que cobra e propõe permanentemente. O importante é se fazer presente e não deixar de cobrar os seus direitos e, naturalmente, cumprir os seus deveres.
Publicado em 06/06/2019 - por Luiz Antonio Grocoski